domingo, 28 de agosto de 2011

Várzea, fonte e paixão primeira do futebol



Capa do livro "Campinas, Meu amor", de 2007, de Helton Pimenta e José Pedro S.Martins, a partir de histórias de Zaiman de Brito Franco, um dos maiores conhecedores da vida, das ruas, do povo de Campinas. Entre as histórias relatadas, algumas sobre o futebol de várzea, matriz do esporte nacional. Zaiman contou essas histórias em programa de rádio com o jornalista de rádio e televisão Helton Pimenta, outro apaixonado por futebol e profundo conhecedor do esporte, tendo atuado como narrador em várias copas do mundo.

No Brasil o futebol começou literalmente na várzea. Mais especificamente na várzea do Carmo em São Paulo, onde a 14 de abril de 1895, um domingo, Charles Müller promoveu, entre as ruas do Gasômetro e Santo Rosa, o primeiro jogo de futebol devidamente documentado no Brasil. E foi a partir dos solos porosos e poeirentos da várzea que o futebol entrou na pele do brasileiro.

Para Zaiman, a alma do futebol está na várzea. Desde menino, conheceu a fundo a várzea campineira, os vários campinhos que fizeram a festa do povo, de onde saíram vários craques. A geografia do futebol, escrita na várzea que desapareceu, ao ritmo do avanço do concreto e asfalto, mas que permanece tatuada no coração de quem viveu essa delícia. (Ler mais na coluna ARTIGOS)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O futebol no cinema brasileiro: roteiro ainda sendo escrito

A presença do futebol é historicamente reservada no cinema brasileiro, ao contrário, por exemplo, do caso dos Estados Unidos e países europeus, onde esportes populares têm servido de pretexto para bons filmes. Apenas depois da Copa de 1994 as câmeras do cinema brasileiro passaram a mirar com maior ênfase e riqueza de detalhes o esporte que mais eleva a autoestima do país.

Não é possível falar de cinema e futebol no Brasil sem citar, claro, os clássicos jogos do Canal 100, que exibia resumos de partidas memoráveis, antes dos filmes principais nas décadas de 1960 a 1980. Um filme pioneiro foi “O Preço da Vitória”, de Oswaldo Sampaio, de 1959, sobre a conquista inédita no ano anterior na Copa da Suécia. “Garrincha, Alegria do Povo”, de 1963, de Joaquim Pedro de Andrade, foi provavelmente o primeiro documentário produzido no Brasil sobre a vida de um atleta.

Obra importantíssima é “Subterrâneos do futebol”, de Maurice Capovilla, de 1965. Uma crítica, já naquela época, de toda a engrenagem montada a partir da paixão do público pelo futebol, e que coloca os jogadores como semi-deuses. Uma produção importante tem sido observada recentemente na área de documentários. “Pelé Eterno”, de Aníbal Massaiani Neto (2004), envolveu um impressionante trabalho de pesquisa. Importante janela foi aberta com o Festival de Cinema de Futebol, o CINEfoot, inaugurado em 2010. (Ler mais na coluna ARTIGOS)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Artes plásticas refletem diversidade cultural brasileira

Cândido Portinari, Rubens Gerchman, Newton Rezende, Siron Franco. Um timaço das artes plásticas brasileiras, que escalou o futebol como um dos temas importantes de suas obras. O esporte que sai dos gramados e invade o reino das tintas, das telas e da imaginação incendiada. A liberdade que joga futebol no gramado da pintura.

"Futebol", de Portinari, por exemplo, resume a magia do esporte e explica porque ele seduziu corações e mentes através dos tempos. Crianças brancas e negras brincando, sem pressa, sem medo, em um campo de barro, com cavalos e vacas ao lado. A própria síntese do que é a vida, que tem no mesmo quadro o seu contraponto, a morte representada pelo cemitério ao fundo, bem longe. A vida em primeiro plano, o jogo, o lúdico. Claro, a cruz, dominando a cena, o Cristianismo presente com muita força na formação cultural do país. Uma obra-prima entre tantas de Portinari, com 97 centímetros de altura e um metro e 30 de largura. (Ler mais na coluna ARTIGOS)

Deputado Delegado Protógenes defende cadastramento de torcedores e qualificação de serviços em função da Copa de 2014



O cadastramento dos torcedores dos times de futebol é um grande passo para equacionar o drama da violência nos estádios brasileiros. A tese é do deputado Delegado Protógenes Queiroz (PC do B-SP), membro da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados e que participa do acompanhamento dos preparativos para a Copa de 2014.
“Cadastrar os torcedores seria uma medida importante. Em pouco tempo teríamos o cadastro dos torcedores por equipe e por estado, ajudando muito no esforço de prevenção de conflitos”, diz o deputado. Delegado da Polícia Federal por 12 anos, ele tem experiência acumulada em questões ligadas à FIFA.

O deputado é membro da Comissão de Segurança nos Estádios da FIFA. O parlamentar defende a qualificação dos serviços no Brasil, em função da Copa de 2014. No primeiro semestre apresentou o PL 21/2011, que equipara os crimes de corrupção a homicídio, o que levaria os culpados a receber penas de 12 a 30 anos de prisão. O projeto tramita em regime de prioridade na Câmara, onde o deputado Protógenes é vice-presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção. (Ler mais na coluna ENTREVISTAS)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Minas Gerais quer abrir a Copa da Sustentabilidade e mostrar cidades históricas

Ouro Preto, um dos tesouros brilhantes de Minas Gerais,

que o estado quer divulgar durante a Copa



Trabalhando em silêncio, Minas Gerais está pronta para sediar a abertura da Copa de 2014, a Copa da Sustentabilidade. E quer aproveitar o momento para mostrar ao mundo as cidades históricas, os monumentos barrocos que refletem o ouro dos garimpos e a mescla de etnias e culturas que constroem o Brasil.

“Os governos estadual e municipal, vereadores, deputados estaduais e bancada federal estão trabalhando unidos, para que Belo Horizonte sedie a abertura da Copa”, confirma o deputado Carlaile Pedrosa (PSDB-MG), membro da Comissão de Desporto e Turismo da Câmara dos Deputados. Atleticano, ele avisa que a saborosa cozinha mineira já pôs as panelas no fogão para receber turistas do Brasil inteiro e do mundo todo. (Ver mais na coluna ENTREVISTAS)

Comissão do Desporto está atenta ao uso de dinheiro público e preocupada com cronograma da mobilidade urbana

Deputado Jonas Donizette no Seminário Políticas

Ambientais para a Sustentabilidade na Copa



O presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara Federal, deputado Jonas Donizette (PSB-SP), já visitou sete das 12 cidades-sede da Copa de 2014. As outras cinco serão visitadas até o final do ano, em um roteiro planejado para a verificação do estado da preparação das cidades para a Copa da Sustentabilidade. Até o momento, a grande preocupação, admite o deputado, é com o cronograma de obras relacionadas à mobilidade urbana. “Os projetos de mobilidade não são simples, pois muitos envolvem desapropriação, entre outros fatores”, observa o deputado, que tem sua base em Campinas.


A transparência no uso de dinheiro público e o cronograma de obras de infraestrutura são as duas principais preocupações da Comissão, diz o deputado. Ele entende que a Copa representa excelente ocasião para o Brasil reafirmar seus compromissos com o desenvolvimento sustentável. (Ver mais na coluna ENTREVISTAS)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Livro sobre Agenda 21 Brasil do Esporte pela Sustentabilidade lançado em Seminário no Mato Grosso



Senador Benedito de Lira, jornalista José Pedro Martins, deputado Jonas Donizette e Cláudio Langone (Ministério do Esporte), no Seminário no Mato Grosso



Em razão da Rio+20, em 2012, a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 o Brasil tem uma oportunidade histórica para liderar um movimento global pelo desenvolvimento sustentável e firmar o esporte como plataforma para promover a sustentabilidade, o desenvolvimento regional, o turismo sustentável, a diversidade cultural e a paz. Esta é a tese central do livro “Jogo Verde, Jogo Limpo – 100 propostas para uma Agenda 21 Brasil do Esporte pela Sustentabilidade, o Turismo Sustentável, a Paz e a Diversidade Cultural” (Komedi, 2011), do jornalista José Pedro Martins. O livro foi lançado no Seminário Políticas Ambientais para a Sustentabilidade na Copa do Mundo, realizado de 11 a 14 de agosto no Centro de Eventos Onça Pintada, do Hotel SESC Porto Cercado, no Mato Grosso.
“Esporte e sustentabilidade. Uma parceria de enorme futuro. Uma oportunidade histórica para mobilizar pessoas e organizações em torno dos princípios do desenvolvimento sustentável, a partir do crescente poder de sedução que o esporte exerce sobre cidadãos de todos os países”, escreve o autor, que descreve no primeiro capítulo a história recente da ligação entre esporte e sustentabilidade, deflagrada praticamente após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Ecco-92, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Foi a Conferência que consagrou a expressão desenvolvimento sustentável e quando foram aprovados documentos importantes, como a Convenção das Mudanças Climáticas, Convenção da Diversidade Biológica e Agenda 21 global.




Capa do livro "Jogo Verde, Jogo Limpo", que tem 100 propostas para uma Agenda 21 do Esporte pela Sustentabilidade no Brasil

Logo após a Eco-92, o Comitê Olímpico Internacional (COI) incluiu o meio ambiente como terceiro pilar do movimento olímpico, ao lado do esporte e cultura. Depois o COI firmou parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que resultou em uma Agenda 21 do Esporte Olímpico. Uma Agenda 21 do Esporte também foi produzida na França.
Desde as Olimpíadas de 2000, na Austrália, princípios de sustentabilidade vêm sendo observados nos Jogos Olímpicos. As Olimpíadas seguintes, de Verão e Inverno, incorporaram medidas crescentes em sustentabilidade.
Agora são grandes as expectativas para a consolidação da parceria entre esporte e sustentabilidade, em função dos três megaeventos no Brasil: Rio+20, Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. País com 12,5% da água doce e a maior biodiversidade do planeta, o Brasil pode dar um salto enorme nessa parceria, defende o jornalista José Pedro Martins.
O livro “Jogo Verde, Jogo Limpo” inclui, então, 100 propostas para a construção coletiva no Brasil de uma Agenda 21 do Esporte pela Sustentabilidade, o Turismo Sustentável, a Paz e a Diversidade Cultural. São propostas relacionadas aos 40 capítulos da Agenda 21 global, aprovada na Eco-92, abrangendo a possível contribuição do esporte nas áreas ambiental, social, econômica e cultural.
“Em um tempo de crise de utopias e de identidades, o esporte tem uma aura positiva de enorme potencial para ajudar a construir consensos em torno das exigências de novo modelo civilizatório”, propõe o autor, concluindo: “A Terra é uma bola. Um jogo verde e limpo vai continuar fazendo dela a nossa casa comum, tão bela e generosa”.
José Pedro Martins é jornalista e escritor, autor de vários livros sobre questões em sustentabilidade, história e cultura, como “Agenda 21 Local para uma Ecocivilização” (2005, Komedi), “Terra Cantata – Uma história da sustentabilidade” (2007, Komedi), “Capoeira, um patrimônio cultural” (2011, Komedi). Recebeu o Prêmio International Media Awards (1992 e 1995, da União Católica Internacional de Imprensa, Genebra), Prêmio Amizade Norte-Sul (Fundação Heinrich Jansen-Cron Werk, Berlim, 1992), e Prêmio Ethos de Jornalismo (Instituto Ethos, 2003), e finalista do Prêmio Esso em 1997 e Prêmio Ethos em 2008.

Mascarados de Poconé (MT): o arco-íris que dança




O multicolorido entra em cena, sob a luz da lua cheia e um céu salpicado de estrelas. São os Mascarados de Poconé (MT), uma das mais misteriosas e reluzentes faces da cultura popular brasileira. Homens distribuídos em pares, metade deles vestida de mulher, conforme reza a tradição, para compor um bailado sincopado, sob o comando de balizas que carregam as imagens dos santos preferidos: Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Um exemplo da diversidade da cultura popular brasileira, que terá oportunidade de ouro para se mostrar ao mundo, em função da Copa de 2014.
A apresentação ocorre na piscina do Hotel SESC Porto Cercado, a pouco mais de 40 km de Poconé, onde moram esses homens que encarnam a mestiçagem típica do Brasil. Mas os Mascarados de Poconé não param, eles são convocados para apresentações em todo país, brilhando sempre em festivais tradicionais como o de Olímpia, no interior de São Paulo. (Ver mais na coluna PELO BRASIL)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Comissões da Câmara e Senado debatem políticas ambientais para a Copa de 2014



As políticas ambientais para a sustentabilidade na Copa do Mundo de 2014 estiveram em debate na última sexta-feira, 12 de agosto, em seminário realizado no Centro de Eventos Onça Pintada, do Hotel SESC Porto Cercado, no Mato Grosso. A iniciativa do seminário foi do Sistema Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)/SESC/SENAC, em parceria com as Comissões de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados e de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal.

A oportunidade para que a Copa de 2014 seja de fato marcada pelos seus compromissos com a sustentabilidade foi destacada, na abertura do seminário, pelo presidente do Sistema Fecomércio/SESC/SENAC do Mato Grosso e secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Estado, Pedro Nadaf. (Ler mais na coluna COPA 2014)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pantanal, manancial de vida no coração da Copa da sustentabilidade

O Pantanal vai estar no coração da Copa de 2014, a Copa da Sustentabilidade. A Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), será a sede dos jogos na região, mas todo bioma será muito melhor conhecido após a competição, reforçando a consciência sobre a necessidade de sua proteção. Uma área de cerca de 250 mil km2, com mais de 600 espécies de aves, 100 de mamíferos e 260 de peixes. Uma grande reserva de vida, que pode ser conhecida em estadias em locais como o Hotel SESC Porto Cercado (foto acima, em pleno nascer do sol), localizado entre os municípios matogrossenses de Poconé e Barão de Melgaço. Um hotel construído em consonância com as demandas da sustentabilidade. (Ver mais na coluna OUTROS OLHARES)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Campanha da FIFA pela educação mobiliza milhões

Pelé, Zico, Zidane, Cristiano Ronaldo, Rivelino, Eusébio, Bobby Charlton. Um timaço histórico global foi convocado para a campanha da FIFA batizada de 1GOAL, que mobilizou milhões de pessoas pela educação, em função da Copa de 2010 na África do Sul. O propósito era sensibilizar a comunidade planetária para a realidade de 72 milhões de crianças que ainda não têm acesso à escola. Campanha em afinidade com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), que prevê escola para todos até 2015. Como os desafios permanecem, a FIFA continua mobilizada em favor da educação, agora no momento de preparativos para a Copa de 2014 no Brasil.

O lançamento oficial da campanha 1GOAL aconteceu no dia 6 de Outubro de 2009 em cerimônia transmitida via satélite e conduzida pelo anfitrião da Copa de 2010, o Presidente da África do Sul Jacob Zuma, e com a participação da Rainha Rânia da Jordânia, o Presidente do Gana John Atta Mills, o Primeiro Ministro Britânico Gordon Brown, o Presidente espanhol Jose Luis Rodriguez Zapatero, Primeiro-Ministro dos Países Baixos Jan Peter Balkenende, o Primeiro-Ministro da Australia Kevin Rudd, a Secretária de Estado Norte-Americana Hillary Clinton, o Secretário Geral da ONU Ban Ki-Moon e Sepp Blatter, Presidente da FIFA, entre outros.

A campanha de fato mobilizou milhões até o mundial da FIFA em território africano, mas os esforços pela educação continuam, tendo em vista os ODMs até 2015. Várias empresas também aderiram à campanha,
Milhares de histórias relacionadas à campanha 1GOAL foram transmitidas aos participantes da Cúpula dos ODMs, que aconteceu em setembro de 2010 na ONU, em Nova York. Destaque para a participação da embaixadora mais jovem da 1GOAL, a estudante de 12 anos do Soweto, o legendário bairro sul-africano, Nthabiseng Tshabalala, que falou em vários momentos da cúpula dos ODMs. Nthabiseng e a Rainha Rânia entregaram ao Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, 18 milhões de assinaturas de apoio à 1GOAL, coletadas em todo mundo. A cúpula constatou que muitos avanços foram conquistados. Desde 2000, 40 milhões de crianças em todo mundo tiveram acesso à escola. Entretanto, dezenas de milhões ainda estão fora. O futebol e o esporte em geral continuam sendo desafiados para colocar seus times a favor da educação para todos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

França apresenta a sua Agenda 21 do Esporte pelo Desenvolvimento Sustentável

O moderno movimento olímpico internacional foi lançado na França, após um congresso na Sorbonne, em 1896, sob a liderança do legendário Barão Pierre de Coubertin. Agora a França mantém seu pioneirismo, com a formulação da Agenda 21 do Esporte Francês pelo Desenvolvimento Sustentável (também chamado em francês de Desenvolvimento Durável).
A iniciativa foi do Comitê Olímpico Nacional do Esporte Francês, sediado na Casa do Esporte Francês (Maison Du Sport Français), localizado justamente na avenida Pierre de Coubertin. Na apresentação do documento, o presidente do Comitê Olímpico Nacional, Henri Serandour, observa que a iniciativa é uma derivação da Agenda 21 do Comitê Olímpico Internacional.

A Agenda 21 do Esporte Francês é fruto de uma reflexão coletiva, envolvendo confederações e federações esportivas, Universidades, ministérios e várias outras organizações. Várias empresas apoiaram a formulação da Agenda 21 do Esporte Francês. O documento foi entregue oficialmente ao ministro dos Esportes, Jean-François Lamour, a 18 de dezembro de 2003, em conferência sobre a Agenda 21 do Esporte Francês pelo Desenvolvimento Sustentável. Os princípios indicados na Agenda passaram a ser observados pelo conjunto da comunidade esportiva francesa a partir de 2004. (Ler mais na coluna ESPORTE E SUSTENTABILIDADE: UMA HISTÓRIA)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Promotor pede mudanças no Estatuto do Torcedor para coibir violência no futebol

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (9) pela Comissão de Turismo e Desporto, o promotor de Justiça do Rio de Janeiro Pedro Fortes reclamou do que chamou de "zonas cinzentas" no Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03), em vigor desde 2003. Ele aponta que o texto só prevê sanções para o torcedor que pratica atos violentos dentro ou nas imediações dos estádios ou no deslocamento até eles, mas apenas em dias de jogos.Já os casos de torcedores que invadem treinos, ameaçam jogadores e dirigentes e marcam briga entre si pela internet fora dos dias de jogos não são passíveis de punição pelo estatuto. Sem essa previsão no texto, Fortes argumenta que o Poder Público não tem como punir, por exemplo, os torcedores que ameaçaram o atacante Fred, do Fluminense, quando o jogador saía de um restaurante no Rio de Janeiro, na semana passada.
"É uma questão que não está clara no Estatuto do Torcedor e seria importante que algum dos senhores (deputados) tivesse a iniciativa de lei para emendar o estatuto, para que ficasse clara a possibilidade de aplicação dessas sanções não apenas em dia de jogo, mas em qualquer episódio envolvendo futebol", disse Fortes
Governo - O assessor especial de futebol do Ministério do Esporte, Sérgio Velloso, destacou algumas ações em curso para reduzir a violência nos estádios. Ele citou o projeto Torcida Legal, iniciado em 2007, o cadastramento das torcidas organizadas, as cartilhas com os direitos e deveres do torcedor e o estímulo aos Termos de Ajustes de Conduta (TAC) firmados entre Poder Público e torcidas organizadas.Uma das ações, no entanto, gerou uma pequena polêmica durante a audiência. Sérgio Velloso informou que, para atender a determinações do estatuto, o ministério está implantando um sistema de monitoramento por câmeras em 16 estádios que sediam jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro de Futebol. A iniciativa foi criticada pelo deputado e ex-jogador Romário (PSB-RJ).
"Dentro do Estatuto do Torcedor, essa é uma obrigação do clube e não do Ministério do Esporte. Por que esse gasto sem necessidade do ministério, já que pode gastar em outras coisas no próprio estádio?", questionou Romário.
"Estamos encarando isso como uma questão de programa de segurança pública nacional integrado", respondeu Velloso.
Copa - O deputado André Moura (PSC-SE) afirmou que o debate vai auxiliar os parlamentares a aprimorar o Estatuto do Torcedor, já visando a Copa de 2014. Apesar das ações apresentadas pelo Ministério do Esporte, Moura afirmou que o monitoramento nos estádios e o cadastramento das torcidas não estão sendo cumpridos.“O nosso primeiro passo é fazer com que possamos utilizar todos os mecanismos jurídicos para que o Estatuto do Torcedor seja colocado em prática", disse Moura, que integra um grupo de trabalho da comissão que já estuda mudanças no estatuto.
Também na audiência, o professor de sociologia Carlos Pimenta, da Universidade Federal de Itajubá, defendeu ser um erro apontar o torcedor como único responsável pela violência nos estádios. "A postura da polícia, dos dirigentes e das federações, na forma de tratar o torcedor, pode potencializar os atos de violência", disse.Pimenta disse ainda que as torcidas organizadas, da maneira como estão constituídas hoje, já trazem a violência embutida. Segundo ele, muitas vezes o torcedor está mais vinculado à sua agremiação organizada do que ao próprio clube.

(Reportagem - José Carlos Oliveira/Rádio Câmara - Edição – Daniella Cronemberger - Agência Câmara de Notícias)

Rio+20, momento histórico para a sustentabilidade

Estão a pleno vapor os preparativos para a Rio+20, a Conferência que em junho de 2012 fará no Rio de Janeiro um grande balanço do estado global da sustentabilidade. Será uma nova oportunidade histórica para o planeta repensar os rumos do desenvolvimento, a partir de uma ampla reflexão sobre as duas décadas depois da Rio-92 ou Eco-92. De modo especial, será ocasião singular para o Brasil consolidar uma contribuição brilhante para o movimento global pela sustentabilidade. O esporte pode colaborar muito nesse sentido.

Serão quatro grandes áreas de assuntos em debate no encontro. O primeiro será a Revisão dos Compromissos, uma avaliação do que já avançou ou não em termos dos acordos internacionais assinados nas últimas duas décadas sobre a sustentabilidade. Questões Emergentes será a segunda grande área de temas na Rio+20. Crise financeira, da energia, de alimentos, da água, desertificação, perda crescente da biodiversidade, globalização, segurança na saúde, segurança climática. Várias questões que estão merecendo atenção global.
A Economia Verde e seu papel na geração de empregos e renda, além obviamente de contribuir para a proteção ambiental, será a terceira grande área temática. E o Quadro Institucional para o Desenvolvimento Sustentável completará a agenda de grandes debates no Rio. Será o espaço para o desenho de uma governança global de fato eficiente para encarar os desafios da sustentabilidade. O esporte, como uma linguagem universal e sempre gerador de esperança, pode ser estratégico para a disseminação do idioma da sustentabilidade. As oportunidades são enormes, e o Brasil está no centro dessa arena, com a Rio+20, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. (Ver mais na coluna RIO+20, ESPORTE E SUSTENTABILIDADE)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Comissão de Orçamento da Câmara dos Deputados terá grupo para fiscalizar obras da Copa e Olimpiadas

Os líderes partidários na Comissão Mista de Orçamento se reúnem nesta terça-feira (9), às 14 horas, para discutir a pauta de votações do colegiado e a instalação do grupo de trabalho para fiscalizar as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A reunião ocorrerá na sala de reuniões da Presidência da comissão. Em seguida, haverá reunião ordinária da Comissão Mista de Orçamento, no Plenário 2.
Entre os itens em pauta estão projetos que abrem crédito para o Orçamento da União e dois requerimentos para a criação de grupos de trabalho, um deles para aprimorar os procedimentos para a liberação de repasses pela Caixa Econômica Federal, e outro para acompanhar a execução do projeto de integração do rio São Francisco com as bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional.
Copa do MundoA Comissão Mista de Orçamento aprovou no último dia 12 de julho, por sugestão do deputado Wellington Roberto (PR-PB), a criação do grupo de trabalho para fiscalizar as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Durante a votação, deputados do PSDB reclamaram de uma superposição das atribuições do grupo de trabalho com as do comitê de análise da execução orçamentária, que é coordenado pelo deputado Vaz de Lima (PSDB-SP).(Da Agência Câmara de Notícias)

Câmara dos Deputados debate violência de torcidas em estádios

A crescente onda de violência das torcidas nos jogos de futebol será tema de uma audiência pública que a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara vai realizar nesta terça-feira (9). O deputado Andre Moura (PSC-SE), que solicitou o debate, considera o vandalismo das torcidas nos estádios um verdadeiro “problema social”.
O parlamentar sergipano admite que, por ser o futebol um esporte de muito contato físico, ocorrem muitas vezes hostilidades, mas enfatiza que esses atos tomaram uma proporção de grande porte e geraram um “grave incômodo” aos interesses em torno do futebol. “A cada fim de semana a imprensa divulga incidentes alarmantes de violência ocorridos nos estádios brasileiros que relatam a dificuldade do trabalho da polícia, os danos ao patrimônio público e ao privado, e inúmeras mortes de pessoas inocentes”, lamenta.
O presidente da comissão, deputado Jonas Donizette (PSB-SP), também criticou o crescimento da onda de violência das torcidas nos jogos de futebol. “Estamos diante de um grave problema que necessita de solução, principalmente porque estamos nos preparando para sediar o maior evento do futebol mundial, a Copa de 2014”, ressaltou.
Foram convidados para o debate: - o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes; - o tenente-coronel Carlos Celso Savioli, do 2º Batalhão de Polícia de Choque de São Paulo;- o professor de Sociologia da Universidade de Taubaté Carlos Alberto Máximo Pimenta;- o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Paulo Schettino; - um representante do Ministério do Esporte; - o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Antonio Teixeira.
A reunião será realizada às 14 horas, no Plenário 5.

(Da Agência Câmara de Notícias)

Programa das Nações Unidas tem estratégia para ligar esporte e sustentabilidade

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) elaborou uma estratégia de longo prazo para vincular esporte e meio ambiente, por meio da difusão da ética e dos valores ambientais em todos os níveis do esporte, inclusive do esporte recreativo. A iniciativa foi batizada de Estratégia Michezo, palavra que significa “esportes” e “jogo” no idioma kiswahili, presente na África Oriental e que mantém laços com outros idiomas. A Estratégia Michezo está em vigor desde 2003.
Os objetivos centrais da Estratégia Michezo são a promoção da integração dos aspectos ambientais ao esporte; a utilização da popularidade dos esportes para promover a sensibilização do público, sobretudo dos jovens, sobre questões ambientais; e promover o aperfeiçoamento das instalações esportivas e métodos de fabricação de materiais esportivos respeitando as premissas da sustentabilidade.

É especial o papel dos atletas, nota o PNUMA: “Milhões de pessoas admiram os esportistas de sucesso e os consideram arquétipos sociais. Estes arquétipos, que são admirados por valores como honradez, paixão pelo trabalho, espírito de equipe e cooperação, a disciplina, a dedicação, a dignidade e o respeito aos demais podem desempenhar uma função primordial para influenciar e estimular atitudes da sociedade relativas ao meio ambiente”. (Ver mais na coluna ESPORTE E SUSTENTABILIDADE: UMA HISTÓRIA)

domingo, 7 de agosto de 2011

Agenda 21 do Esporte para a Sustentabilidade será divulgada nas Olimpíadas de 2012 e 2016

As Olimpíadas de Londres, em 2012, e do Rio de Janeiro, em 2016, serão ocasião perfeita para divulgar a Agenda 21 do Movimento Olímpico do Esporte para o Desenvolvimento Sustentável. A construção da Agenda, aprovada em 1999, foi coordenada pela Comissão de Esporte e Meio Ambiente do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Na apresentação do documento, o então presidente do COI, Juan Antonio Samaranch, observou que o meio ambiente foi ratificado como o terceiro pilar do movimento olímpico internacional em 1994, ao lado do esporte e cultura. Era uma iniciativa em resposta aos debates na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, de 1992, realizada no Rio de Janeiro.

A Agenda 21 do Movimento Olímpico inclui objetivos relacionados a cada um dos capítulos da Agenda 21 global, aprovada na Eco-92. A Agenda 21 do Movimento Olímpico apresenta, portanto, interface com as dimensões econômica, social e ambiental, incluídas na Agenda 21 global. (Ver mais na coluna ESPORTE E SUSTENTABILIDADE: UMA HISTÓRIA)

sábado, 6 de agosto de 2011

Esporte e sustentabilidade, uma história em construção e parceria de grande futuro



Esporte e sustentabilidade. Uma parceria com história em construção e que ainda pode prestar enormes serviços para o planeta. Em 1936 Jesse Owens demoliu na prática a ideologia da superioridade racial dos nazistas, com suas vitórias nas Olimpíadas de Berlim. Pelé "parou uma guerra" em 1969. As mães da Praça de Maio, na Argentina, difundiram a sua luta durante a Copa de 1978. Os exemplos de como o esporte tem contribuído para a disseminação dos ideais de paz, de justiça social e tolerância se multiplicam. A atual campanha da FIFA, contra o racismo, é destaque em todo mundo.

A aproximação entre esporte e sustentabilidade é mais recente. O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi muito sensível e logo após a Eco-92, no Rio de Janeiro, inscreveu o meio ambiente como terceiro pilar do movimento olímpico, ao lado da cultura e esporte. Uma Agenda 21 do Movimento Olímpico foi lançada em 1999. As Olimpíadas, desde Sidney, em 2000, têm cada vez mais incorporado princípios da sustentabilidade. Os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, darão um salto nesse sentido. Espera-se que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ambas no Brasil, país megadiverso e com maior volume de água doce do planeta, sejam momentos especiais para consolidar o "time" formado por esporte e sustentabilidade. Pelo bem da vida. (Ver mais na coluna ESPORTE E SUSTENTABILIDADE: UMA HISTÓRIA)