quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Livro sobre Agenda 21 Brasil do Esporte pela Sustentabilidade lançado em Seminário no Mato Grosso



Senador Benedito de Lira, jornalista José Pedro Martins, deputado Jonas Donizette e Cláudio Langone (Ministério do Esporte), no Seminário no Mato Grosso



Em razão da Rio+20, em 2012, a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 o Brasil tem uma oportunidade histórica para liderar um movimento global pelo desenvolvimento sustentável e firmar o esporte como plataforma para promover a sustentabilidade, o desenvolvimento regional, o turismo sustentável, a diversidade cultural e a paz. Esta é a tese central do livro “Jogo Verde, Jogo Limpo – 100 propostas para uma Agenda 21 Brasil do Esporte pela Sustentabilidade, o Turismo Sustentável, a Paz e a Diversidade Cultural” (Komedi, 2011), do jornalista José Pedro Martins. O livro foi lançado no Seminário Políticas Ambientais para a Sustentabilidade na Copa do Mundo, realizado de 11 a 14 de agosto no Centro de Eventos Onça Pintada, do Hotel SESC Porto Cercado, no Mato Grosso.
“Esporte e sustentabilidade. Uma parceria de enorme futuro. Uma oportunidade histórica para mobilizar pessoas e organizações em torno dos princípios do desenvolvimento sustentável, a partir do crescente poder de sedução que o esporte exerce sobre cidadãos de todos os países”, escreve o autor, que descreve no primeiro capítulo a história recente da ligação entre esporte e sustentabilidade, deflagrada praticamente após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Ecco-92, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Foi a Conferência que consagrou a expressão desenvolvimento sustentável e quando foram aprovados documentos importantes, como a Convenção das Mudanças Climáticas, Convenção da Diversidade Biológica e Agenda 21 global.




Capa do livro "Jogo Verde, Jogo Limpo", que tem 100 propostas para uma Agenda 21 do Esporte pela Sustentabilidade no Brasil

Logo após a Eco-92, o Comitê Olímpico Internacional (COI) incluiu o meio ambiente como terceiro pilar do movimento olímpico, ao lado do esporte e cultura. Depois o COI firmou parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que resultou em uma Agenda 21 do Esporte Olímpico. Uma Agenda 21 do Esporte também foi produzida na França.
Desde as Olimpíadas de 2000, na Austrália, princípios de sustentabilidade vêm sendo observados nos Jogos Olímpicos. As Olimpíadas seguintes, de Verão e Inverno, incorporaram medidas crescentes em sustentabilidade.
Agora são grandes as expectativas para a consolidação da parceria entre esporte e sustentabilidade, em função dos três megaeventos no Brasil: Rio+20, Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. País com 12,5% da água doce e a maior biodiversidade do planeta, o Brasil pode dar um salto enorme nessa parceria, defende o jornalista José Pedro Martins.
O livro “Jogo Verde, Jogo Limpo” inclui, então, 100 propostas para a construção coletiva no Brasil de uma Agenda 21 do Esporte pela Sustentabilidade, o Turismo Sustentável, a Paz e a Diversidade Cultural. São propostas relacionadas aos 40 capítulos da Agenda 21 global, aprovada na Eco-92, abrangendo a possível contribuição do esporte nas áreas ambiental, social, econômica e cultural.
“Em um tempo de crise de utopias e de identidades, o esporte tem uma aura positiva de enorme potencial para ajudar a construir consensos em torno das exigências de novo modelo civilizatório”, propõe o autor, concluindo: “A Terra é uma bola. Um jogo verde e limpo vai continuar fazendo dela a nossa casa comum, tão bela e generosa”.
José Pedro Martins é jornalista e escritor, autor de vários livros sobre questões em sustentabilidade, história e cultura, como “Agenda 21 Local para uma Ecocivilização” (2005, Komedi), “Terra Cantata – Uma história da sustentabilidade” (2007, Komedi), “Capoeira, um patrimônio cultural” (2011, Komedi). Recebeu o Prêmio International Media Awards (1992 e 1995, da União Católica Internacional de Imprensa, Genebra), Prêmio Amizade Norte-Sul (Fundação Heinrich Jansen-Cron Werk, Berlim, 1992), e Prêmio Ethos de Jornalismo (Instituto Ethos, 2003), e finalista do Prêmio Esso em 1997 e Prêmio Ethos em 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário