segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Olimpíadas mudaram a Espanha, Copa 2014 e Rio-2016 podem ajudar a mudar o Brasil

Neste dia 17 de outubro faz 25 anos que Barcelona foi anunciada como sede das Olimpíadas de 1992. O anúncio foi feito por Juan Antonio Samaranch, então presidente do Comitê Olimpico Internacional (COI). Pois os Jogos de Barcelona foram fundamentais para dar a face moderna que a Espanha necessitava, depois de décadas da ditadura de Francisco Franco. E mais do que isso, a própria Barcelona passou por completa reestruturação em função de ter sediado as competições, além do que, o esporte espanhol em geral deu um salto impressionante, cujos resultados estão sendo vistos agora. A "Fúria", como é denominada a seleção espanhola de futebol, é atual campeã mundial, os tenistas espanhois há anos estão entre os primeiros do ranking mundial, o basquete espanhol também conquistou o mundial e por aí vai. E, de quebra, Fernando Alonso já se sagrou campeão mundial de Fórmula 1.

É verdade que a Espanha está passando por séria crise econômica, mas também partiu de solo espanhol a atual mobilização mundial por democracia. Democracia mesmo, econômica, social, políticas, a partir de reformas das estruturas que continuam vigorando, em alguns casos, há séculos, e que não dão mais conta de responder à rapidez das mudanças do mundo contemporâneo.

Enfim, o esporte foi muito positivo para um novo momento, político, cultural, social na Espanha. O Brasil pode transitar no mesmo sentido, se esse momento excepcional, conjugando Rio+20 em 2012, Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 for utilizado de forma inteligente e em consonância com os reais interesses do país, e não de minorias, políticas e/ou econômicas. Momento de formular uma política esportiva, educacional, social e ambiental corajosa e transformadora. Momento de o país se firmar na liderança do desenvolvimento sustentável, apesar do evidente desgaste que esse conceito tem sofrido. Enfim, um panorama histórico muito favorável. É a hora de, como se disse muito há alguns anos, não ter medo de ser feliz, não é mesmo? (Por José Pedro Martins)

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