quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Paralimpíadas de Londres resgatam histórias de superação e fortalecem movimento pela inclusão

Entre 1980 e 2004, a nanadora norteamericana Trischa Zorn participou de todas as sete paralimpíadas e ganhou 46 medalhas, sendo 32 de ouro. A história da maior medalhista paralímpica de todos os tempos é uma das histórias de superação, que serão recontadas na décima quarta edição das Paralimpíadas, entre 29 de agosto e 9 de setembro, em Londres. Berço do movimento paralímpico internacional, foi em terras britânicas que começou uma trajetória marcada por exemplos de superação e que representa uma das faces do movimento planetário por cidades e sociedades inclusivas.
Serão 4280 atletas, disputando por 166 comitês paralímpicos nacionais. Muitos países estarão representados pela primeira vez em Londres, disputando em 503 eventos, 201 a mais do que nas Olimpíadas de Verão.  Cerca de 70% dos voluntários que trabalharão nas Paralimpíadas não participaram das Olimpíadas de Verão.
Muitos locais dos Jogos Olímpicos foram adaptados para receber as Paralimpíadas, como a Arena Riverbank para futebol de cinco e de sete, a North Greenwich Arena para basquete em cadeira de rodas e o Quartel de Artilharia Real para tiro ao arco. Dois espaços são novos: o Eton Manor, ao norte do Parque Olímpico, com nove tribunas para a competição de tênis de cadeira de rodas, e o legenário circuito de corridas de automóveis Brands Hatch, que sediará a competição paralímpica de ciclismo de estrada. 
Participação brasileira evolui - O Brasil participa com 182 atletas nas Paralimpíadas de Londres, dos quais 115 homens e 67 mulheres, representando 36,8% da delegação, 7,60% a mais do que em Pequim, em 2008. A velocista Viviane Soares, com 16 anos, é a mais nova atleta, e a mesa tenista Maria Luiza Passos, de 61, a mais experiente.
Em Pequim o Brasil ficou em nono lugar, com 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, somando 45 medalhas. Destaque para o nadador Daniel Dias, com quatro medalhas de ouro e duas de prata. Clodoaldo Silva é outro nadador de destaque na história paralímpica brasileira. Em quatro paralimpíadas ganhou 13 medalhas, sendo seis de ouro.
A avaliação da participação em Londres será fundamental para a projeção de novos saltos do movimento paralímpico no Brasil. O país cresceu muito no segmento nos últimos anos, como reflexo do avanço do movimento pela inclusão, mas ainda precisa ampliar os apoios e infraestrutura de modo a garantir uma expansão sustentada do movimento paralímpico.
Um plano de longo prazo, com metas e ações, visando as Olimpíadas de 2016, que serão no Rio de Janeiro, começou a ser traçado em 2010, quando o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) recebeu essa missão do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Em 2011, foram criados o Time São Paulo e Time Rio, frutos da parceria entre o CPB e, respectivamente, governo de São Paulo e prefeitura do Rio de Janeiro. O objetivo é dar todo apoio para a preparação dos atletas com grandes condições de bom desempenho em Londres e no Rio de Janeiro.
No quadro geral de medalhas, computando as treze edições anteriores, o Brasil aparece no trigésimo segundo lugar, com 30 medalhas de ouro, 41 de prata e 46 de bronze, 117 no total. A liderança absoluta do ranking está com os Estados Unidos, com 1742 medalhas (630 de ouro), seguidos da Grã Bretanha com 1324 (451 de ouro) e Canadá, com 860 (320 de ouro). A liderança na América Latina é do México, com 201 medalhas, 71 das quais de ouro. A Argentina está uma posição à frente do Brasil, em segundo lugar na América Latina, com 140 medalhas, também com 30 de ouro.

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